quarta-feira, 1 de setembro de 2010

OBVIAMENTE, DEMITA-SE...


Quando escrevi o último post sobre o caso Queiroz estava longe de pensar o que sucederia pouco tempo depois. Gilberto Madaíl, que apesar de tudo, até então considerava ser dos poucos dentro da estrutura federativa que, porventura, seria a favor da continuidade do Seleccionador, proferiu uma frase que espelha perfeitamente aquilo que referi no último post, a falta de soluções para os problemas que vão surgindo. E no caso mais mediático dos últimos tempos no futebol nacional não é excepção, e não podendo lutar contra os restantes dirigentes, Madaíl parece ter-se juntado a eles.
Ao afirmar que a Selecção tem "jogadores com muita tarimba, com muita capacidade para jogarem em piloto automático", o presidente da FPF demonstrou que está realmente a cair de maduro, ou até de podre... Ora, tudo isto faz-me acreditar cada vez mais naquilo que expressei à poucos dias, já à muito que Gilberto Madaíl devia ter saído, aliás, não só ele como todos os membros da sua direcção, que não se mostraram capazes de, em tantos anos, ganhar o que quer que fosse. Não foram capazes de aproveitar a geração de ouro, como fez a França em 98 e 2000 e como faz actualmente a Espanha. E que não subsistam dúvidas que o problema está neles, pois não nos falta qualidade nos jogadores, qualidade nos treinadores (até nisso falharam, ao contratar um estrangeiro com várias soluções viáveis), só parece faltar qualidade nos dirigentes... Pode-se alegar que conseguiram fazer de Portugal uma Selecção de alto estatuto mundial, é certo, mas com a qualidade dos jogadores formados na última década em Portugal esse seriam os requisitos mínimos.
Com toda esta polémica, qualquer pessoa com o mínimo de carácter, algo de que Gilberto Madaíl à muito mostrou padecer (já desde o caso Baía), pediria a demissão, mas parece que, pelo menos até 2012 teremos que levar com ele.

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