MUITO A DESEJAR

O que se passa com este Porto, que depois da estrondosa vitória frente ao benfica parece ter tirado o pé do acelerador e, quer contra o Portimonense, quer contra o Moreirense fez o suficiente para vencer, acontecendo o mesmo ontem em Alvalade... Mas desta vez não deu para ganhar, não só porque o Sporting não é nenhum dos anteriores adversários, como o árbitro também decidiu ser protagonista.
Começando pelo golo mal validado do Sporting, passando por algumas agressões a Moutinho (sendo a mais descarada por parte de Maniche, que teve uma entrada que poderia perfeitamente ter afastado Moutinho dos relvados por alguns meses), raramente sancionadas, e finalizando com a ridícula expulsão de Maicon, que só se justifica se tiver ocorrido alguma troca de palavras entre o jogador e o árbitro, o que pelas imagens parece improvável...
Salvou-nos, mais uma vez, a qualidade de Hulk e Falcao, que receio não permanecerem no clube durante muito tempo, principalmente se o Porto brilhar na Liga Europa.


Agora espera-nos um jogo complicado, devido ao frio de Viena, mas no qual espero voltar a ver a atitude que caracterizou o Porto deste início de época e nos mantém ainda invictos.

P. S.: Não consigo deixar de referir aqui a lamentável reacção de Jorge Jesus na flash interview, após o jogo com o Beira-Mar, que só realça a falta de classe do treinador encarnado.

NOITE PERFEITA

Foi num ambiente similar ao de uma guerra que encontrei o exterior do Estádio do Dragão neste clássico. Desde polícias armados com shotguns, a cordões em tudo o que fossem locais passíveis de arremesso de objectos ao autocarro benfiquista... Enfim, uma continuação do que se viu na chegada da equipa encarnada à Invicta.
Mas tudo foi esquecido a partir do momento que entrei na porta 4 do Dragão. E após quase uma hora de espera, eis que se iniciou o espectáculo...
Confesso que apesar de esperada, a inclusão de Guarín no onze, no lugar de Fernando, era algo que me preocupava, mas agora tenho que reconhecer que esteve bastante bem, apesar de ter tido o trabalho bastante facilitado por uma exibição brilhante de Belluschi, que esteve soberbo tanto a nível defensivo, mas sobretudo na organização do ataque, não estivesse ele nos primeiros três golos...
Depois temos as figuras do costume: Varela Falcao e... Hulk! Todos eles deram espectáculo e deram-nos ainda mais razões para acreditarmos que a Liga Europa pode ser, de facto, um objectivo alcançável.
E foi com eles, mais Belluschi, que os golos foram aparecendo, enquanto o Dragão ia ficando cada vez mais efervescente.
Ao intervalo pedia-se mais, sonhava-se com a humilhação dos benfiquistas e a vitória já não era posta em causa. Fizeram-nos a vontade. Um penalty indiscutível e um momento de inspiração de Hulk (mais um) selaram a vitória portista.
Uma noite memorável, para ficar na memória e servir de inspiração nos momentos menos bons..

VALEU...

Um ponto. Foi o que o Porto amealhou do confronto com o Besiktas. Não é perfeito mas assegura o apuramento, que era fundamental. Não deixa de ser caricato que o pior resultado contra a equipa turca seja o do jogo do Dragão. Isto porque todos sabemos que a principal força destas equipas está no factor casa. Fora são normalmente equipas vulgares... E na Turquia o Porto passou com distinção. No jogo de hoje talvez o treinador portista não tivesse feito mal se colocasse no onze Souza no lugar de Guarin.
O empate não assegura o primeiro lugar, mas julgo que AVB não deve deixar de rodar o plantel nos jogos desta fase que restam, porque mesmo com os habituais suplentes penso que somos superiores a qualquer uma das equipas que resta defrontar.
Agora venha o clássico, sem facilidades...

VENCER!

Depois de um jogo em Coimbra num terreno, no mínimo, impraticável, chega agora um jogo que não sendo de tudo ou nada (longe disso), é importante ganhar. Porquê? Essencialmente porque garante matematicamente o apuramento para o playoff, permitindo nas duas últimas jornadas fazer rotatividade do plantel e dar oportunidade aos menos utilizados de ganhar ritmo de jogo e, sobretudo, experiência europeia. Por outro lado permitirá também dar descanso aos habituais titulares, poupando-os para as partidas do campeonato. Finalmente, mantendo o pleno de vitórias na Europa, para além de, como é habitual, ajudar Portugal no ranking europeu (num ano em que se pode até bater o recorde de pontos alcançados pelo nosso país nas competições europeias), mantemos também a imagem de equipa, não querendo dizer imbatível, digo difícil de bater...
Num jogo que antecipa o clássico dos clássicos, a vitória dará ainda para manter os elevados níveis de confiança que a estrutura e adeptos portistas ostentam neste momento.
Por tudo isto, a ordem é a mesma de sempre: VENCER!